LEITURA DIRIGIDA AOS FÃS DE ELVIS PRESLEY, CONTRABAIXISTAS E MÚSICOS EM GERAL...
Uma fixação de Elvis Presley era o contrabaixo elétrico, um instrumento surgido no início dos anos 1950, embora ainda novidade para alguns naquele ano de 1957. Talvez inconscientemente, uma vez que era dotado de um incrível dom musical, Elvis já percebesse que o contrabaixo era o instrumento mais importante numa banda e estava ficando quase impossível, nos shows ao vivo, sonorizar o incomodo baixo acústico do seu contrabaixista Bill Black
Elvis pegou o telefone em Graceland, decidido a comprar um Precision Bass Fender para Bill.
O vendedor da loja atendeu ao telefonema:
- K.O. Houck Piano Co. de Memphis, boa tarde. Em que posso ajudar?
O próprio Elvis estava no fone:
- “Eu quero adquirir um daqueles baixos portáteis. Você sabe, né? Um elétrico”.
E o instrumento foi entregue em Graceland.
Além de moderno e quase no formato e tamanho de uma guitarra, o baixo elétrico ocuparia bem menos espaço que o grande “rabecão” e resolveria o problema de som nos palcos, mas Bill Black preferiu utilizar os dois baixos, tanto nos palcos como nos estúdios. O elétrico ainda era estranho para ele.
Sempre houve descrédito na musicalidade do contrabaixista Bill Black. Muitos eram de opinião que seu irmão Johnny Black, que tocava na banda de Johnny Burnette, era bem melhor. Mas nos shows de Elvis, a presença de palco de Bill compensava. Ao contrário do introvertido guitarrista Scotty Moore, o contrabaixista Bill Black dançava, cantava, gritava, sentava no grande instrumento como se estivesse cavalgando, cenografia que muito contribuiu para a desenvoltura de Elvis no começo de sua carreira. Quantas não foram às vezes, no início de tudo, em que o mascador de chiclete Bill Black se via obrigado a animar o show quando a figura e os trejeitos inusitados de Elvis não eram aceitos por algumas platéias. A técnica de slap de Bill no baixo acústico, sua pegada enfim, é lendária e muitos ainda hoje tentam imitá-lo, além do seu bom humor que divertia a todos nas viagens e gravações.
O próprio Sam Phillips afirmou:
- “Bill Black era tecnicamente um dos piores baixistas do mundo. Mas gente, como ele batia (slaping) naquelas cordas!”
O Coronel, por seu lado, não após Bill Black ter rodado seu instrumento, levantado os braços e soltado um grito, o que muito motivou a platéia de marujos durante o show que Elvis realizou no convés do navio no programa de Milton Berle.
O Coronel ordenou para que o contrabaixista não fosse tão aparecido no palco:
- Menos, Bill, menos. O artista é Elvis!
Bill Black já se aborrecera com o Coronel e suas repetidas piadas menosprezando contrabaixistas:
- Sabe qual é a diferença entre um contrabaixo e um caixão? No caixão o defunto fica do lado de dentro! Ah Ah Ah Ah!
- Sabe quantos contrabaixistas são necessários para trocar uma lâmpada? Nenhum. Porque o pianista pode fazê-lo com sua mão esquerda!* Ah Ah Ah Ah!
Uma clara alusão no fato de a mão esquerda do pianista fazer a levada musical, os acordes e o baixo nas teclas graves no piano.
Anedotas à parte, se ouvirmos atentamente a gravação original da música “Jailhouse Rock” percebemos que o contrabaixo dá um break no final da música preparando novamente para a primeira parte, enquanto Elvis e os outros músicos, seguindo o arranjo, vão para o final em fade out. Daí o baixo, se corrige, volta ao arranjo, pegando o fio da meada. Comentou-se também que na gravação do rock “Baby I Don´t Care”, Bill Black não conseguia se acertar com o baixo elétrico. Não se acostumara com um instrumento pequeno. Para complicar, embora o contrabaixo seja quase sempre o componente mais importante, o Fenderbass tinha um papel vital em “Baby I Don´t Care”.
- “Nervoso, Bill joga o baixo no chão e sai do estúdio. Elvis Presley então pega o Fender e ele mesmo grava a música. (!?).”
Pelo menos foi o que me contaram e a foto tenta mostrar.
Trecho condensado do vol. 1 da 5ª ed. do livro "Elvis. Mito & Realidade".
FONTE DE INFORMAÇOES MAURICIO CAMARGO BRITO AUTOR DO LIVRO ELVIS MITO E REALIDADE
Uma fixação de Elvis Presley era o contrabaixo elétrico, um instrumento surgido no início dos anos 1950, embora ainda novidade para alguns naquele ano de 1957. Talvez inconscientemente, uma vez que era dotado de um incrível dom musical, Elvis já percebesse que o contrabaixo era o instrumento mais importante numa banda e estava ficando quase impossível, nos shows ao vivo, sonorizar o incomodo baixo acústico do seu contrabaixista Bill Black
Elvis pegou o telefone em Graceland, decidido a comprar um Precision Bass Fender para Bill.
O vendedor da loja atendeu ao telefonema:
- K.O. Houck Piano Co. de Memphis, boa tarde. Em que posso ajudar?
O próprio Elvis estava no fone:
- “Eu quero adquirir um daqueles baixos portáteis. Você sabe, né? Um elétrico”.
E o instrumento foi entregue em Graceland.
Além de moderno e quase no formato e tamanho de uma guitarra, o baixo elétrico ocuparia bem menos espaço que o grande “rabecão” e resolveria o problema de som nos palcos, mas Bill Black preferiu utilizar os dois baixos, tanto nos palcos como nos estúdios. O elétrico ainda era estranho para ele.
Sempre houve descrédito na musicalidade do contrabaixista Bill Black. Muitos eram de opinião que seu irmão Johnny Black, que tocava na banda de Johnny Burnette, era bem melhor. Mas nos shows de Elvis, a presença de palco de Bill compensava. Ao contrário do introvertido guitarrista Scotty Moore, o contrabaixista Bill Black dançava, cantava, gritava, sentava no grande instrumento como se estivesse cavalgando, cenografia que muito contribuiu para a desenvoltura de Elvis no começo de sua carreira. Quantas não foram às vezes, no início de tudo, em que o mascador de chiclete Bill Black se via obrigado a animar o show quando a figura e os trejeitos inusitados de Elvis não eram aceitos por algumas platéias. A técnica de slap de Bill no baixo acústico, sua pegada enfim, é lendária e muitos ainda hoje tentam imitá-lo, além do seu bom humor que divertia a todos nas viagens e gravações.
O próprio Sam Phillips afirmou:
- “Bill Black era tecnicamente um dos piores baixistas do mundo. Mas gente, como ele batia (slaping) naquelas cordas!”
O Coronel, por seu lado, não após Bill Black ter rodado seu instrumento, levantado os braços e soltado um grito, o que muito motivou a platéia de marujos durante o show que Elvis realizou no convés do navio no programa de Milton Berle.
O Coronel ordenou para que o contrabaixista não fosse tão aparecido no palco:
- Menos, Bill, menos. O artista é Elvis!
Bill Black já se aborrecera com o Coronel e suas repetidas piadas menosprezando contrabaixistas:
- Sabe qual é a diferença entre um contrabaixo e um caixão? No caixão o defunto fica do lado de dentro! Ah Ah Ah Ah!
- Sabe quantos contrabaixistas são necessários para trocar uma lâmpada? Nenhum. Porque o pianista pode fazê-lo com sua mão esquerda!* Ah Ah Ah Ah!
Uma clara alusão no fato de a mão esquerda do pianista fazer a levada musical, os acordes e o baixo nas teclas graves no piano.
Anedotas à parte, se ouvirmos atentamente a gravação original da música “Jailhouse Rock” percebemos que o contrabaixo dá um break no final da música preparando novamente para a primeira parte, enquanto Elvis e os outros músicos, seguindo o arranjo, vão para o final em fade out. Daí o baixo, se corrige, volta ao arranjo, pegando o fio da meada. Comentou-se também que na gravação do rock “Baby I Don´t Care”, Bill Black não conseguia se acertar com o baixo elétrico. Não se acostumara com um instrumento pequeno. Para complicar, embora o contrabaixo seja quase sempre o componente mais importante, o Fenderbass tinha um papel vital em “Baby I Don´t Care”.
- “Nervoso, Bill joga o baixo no chão e sai do estúdio. Elvis Presley então pega o Fender e ele mesmo grava a música. (!?).”
Pelo menos foi o que me contaram e a foto tenta mostrar.
Trecho condensado do vol. 1 da 5ª ed. do livro "Elvis. Mito & Realidade".
FONTE DE INFORMAÇOES MAURICIO CAMARGO BRITO AUTOR DO LIVRO ELVIS MITO E REALIDADE
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