Barbara Gray, a loura que beija Elvis Presley, revelou a história desta fotografia (DR)“Pronto. A rapariga da fotografia sou eu”. Foi com este desabafo, passados 55 anos, que Barbara Gray, uma agente de imobiliário reformada, revelou à revista “Vanity Fair” ser a parceira ocasional no encontro com Elvis Presley (1935-1977) na escada dos bastidores do Mosque Theatre de Richmond, na Virgínia, um instante imortalizado pela câmara de Alfred Wertheimer, e que se tornou numa das mais famosas e enigmáticas fotografias da história.
Nessa noite de Junho de 1956, Elvis tinha apenas 21 anos e estava praticamente no início da carreira que o levaria ao estrelato. Preparava-se para enfrentar três mil fãs no Mosque Theatre e, como era costume, procurava distender a tensão em encontros fortuitos com as suas admiradoras. Nesse altura, acompanhava-o um jovem fotógrafo alemão imigrado, Alfred Wertheimer, que só desse encontro com uma jovem loira com um irresistível “look” à Kim Novak tirou meia centena de fotografias. A que viria a ser publicada, pela primeira vez, três meses depois, no magazine “The Amazing Elvis Presley”, tornou-se numa das mais célebres dos bastidores da carreira do intérprete de “Love me tender”. Mais ainda quando depois surgiu na “Life” e noutras revistas. Sempre com o suplemento de mistério sobre a identidade da rapariga.
“Eu nunca me preocupei em perguntar ao Elvis quem era ela. E ele também nunca mo disse”, comentou à “Vanity Fair” Alfred Wertheimer, agora com 81 anos, e que nessa altura se tinha radicado em Nova Iorque como foto-repórter tendo conseguido uma grande proximidade com Elvis, cuja carreira e mesmo vida familiar acompanhou de perto até 1958.
Entretanto, a fotografia foi conquistando também a sua posteridade, principalmente após a morte prematura de Elvis, em 1977, e ficou conhecida como “The Kiss” (“O Beijo”), rivalizando mesmo em celebridade com aquela que Alfred Eisenstaedt fez em Times Square em 1945, com uma enfermeira e um marinheiro celebrando o fim da 2ª Guerra Mundial, ou com a de Robert Doisneau e o par nas margens parisienses do Sena. A actriz Diane Keaton chegou a considerá-la, recorda o jornal “The Guardian”, “a fotografia mais sexy jamais tirada”.
Mas, da identidade daquela rapariga na Virgínia, não surgia nenhum sinal, nem sequer reivindicação ou polémica, como aconteceu com as duas outras fotografias históricas.
Em Janeiro do ano passado, quando o museu Smithsonian celebrou em Washington, com uma exposição, o 75º aniversário do nascimento de Elvis, essa fotografia foi a escolhida para o cartaz.
Barbara Gray terá achado que bastava. Até porque a própria neta, numa ida a Graceland, a casa e memorial de Elvis em Memphis, lhe trouxera uma chávena de chá, uma lancheira e um relógio... tudo com a sua fotografia impressa. “Avó, não podes pôr o teu nome na fotografia? Qualquer dia vai valer muito dinheiro...”, disse-lhe a neta.
Mesmo que a motivação não tenha sido material, Barbara Gray decidiu mesmo pôr fim ao mistério. Contactou, primeiro, o fotógrafo Alfred Wertheimer, via Facebook, e depois a Vanity Fair, que também já tinha publicado a fotografia. “Tenho uma boa história para vocês...”
Em entrevista à revista – e depois também ao programa “Today” na NBC –, Barbara Gray explica as circunstâncias do encontro com Elvis, tentando retirar-lhe – como se isso fosse possível – alguma da carga erótica que se lhe associa a partir da fotografia.
“Eu nunca me preocupei em perguntar ao Elvis quem era ela. E ele também nunca mo disse”, comentou à “Vanity Fair” Alfred Wertheimer, agora com 81 anos, e que nessa altura se tinha radicado em Nova Iorque como foto-repórter tendo conseguido uma grande proximidade com Elvis, cuja carreira e mesmo vida familiar acompanhou de perto até 1958.
Entretanto, a fotografia foi conquistando também a sua posteridade, principalmente após a morte prematura de Elvis, em 1977, e ficou conhecida como “The Kiss” (“O Beijo”), rivalizando mesmo em celebridade com aquela que Alfred Eisenstaedt fez em Times Square em 1945, com uma enfermeira e um marinheiro celebrando o fim da 2ª Guerra Mundial, ou com a de Robert Doisneau e o par nas margens parisienses do Sena. A actriz Diane Keaton chegou a considerá-la, recorda o jornal “The Guardian”, “a fotografia mais sexy jamais tirada”.
Mas, da identidade daquela rapariga na Virgínia, não surgia nenhum sinal, nem sequer reivindicação ou polémica, como aconteceu com as duas outras fotografias históricas.
Em Janeiro do ano passado, quando o museu Smithsonian celebrou em Washington, com uma exposição, o 75º aniversário do nascimento de Elvis, essa fotografia foi a escolhida para o cartaz.
Barbara Gray terá achado que bastava. Até porque a própria neta, numa ida a Graceland, a casa e memorial de Elvis em Memphis, lhe trouxera uma chávena de chá, uma lancheira e um relógio... tudo com a sua fotografia impressa. “Avó, não podes pôr o teu nome na fotografia? Qualquer dia vai valer muito dinheiro...”, disse-lhe a neta.
Mesmo que a motivação não tenha sido material, Barbara Gray decidiu mesmo pôr fim ao mistério. Contactou, primeiro, o fotógrafo Alfred Wertheimer, via Facebook, e depois a Vanity Fair, que também já tinha publicado a fotografia. “Tenho uma boa história para vocês...”
Em entrevista à revista – e depois também ao programa “Today” na NBC –, Barbara Gray explica as circunstâncias do encontro com Elvis, tentando retirar-lhe – como se isso fosse possível – alguma da carga erótica que se lhe associa a partir da fotografia.
Eu era muito magra e fisicamente bem dotada”, recorda Barbara. Não poderia, por isso, ter escapado à atenção do jovem e fogoso Elvis. “Ele era um rapaz muito divertido, muito louco, e corríamos de um lado para o outro a perseguir-nos um ao outro, e sendo jovens, apenas”. Mas Barbara acrescentou que tudo se passou com “o melhor bom gosto possível”. A uma pergunta da NBC sobre se a troca de beijos (de línguas) tinha feito faísca, Barbara disse que não: “Talvez ele tenha sentido faísca, mas eu nem sequer sabia quem ele era verdadeiramente”. Admitiu, contudo, que a noite terminou com ambos no camarim de Elvis a beijarem-se, e com o cantor a abraçá-la e apalpá-la. Mas alguém bateu à porta a dizer que o comboio para Nova Iorque estava de partida... E Barbara regressou a casa ao encontro do seu namorado, e de uma vida de anonimato. Que não impediria, contudo, que a jovem tivesse cultivado amizade com o cantor Pat Boone – “Tu apareces em fotografias por todo o lado com o meu maior rival”, disse-lhe o cantor entretanto tornado pastor, quando “The Kiss” começou a sair nas revistas –, e tido mesmo algumas paixonetas com namorados do músico e “showman” Liberace. Do belo rapaz nascido no Mississípi, Barbara diz ter recebido apenas um cartaz de Boas Festas pelo Natal. Nada que a tivesse impedido de continuar a viver a sua vida, anónima mas animadamente – vai já no quarto marido.
Mas, agora, e pondo uma vez mais de parte qualquer intenção económica, achou que era tempo de revelar o seu segredo. “Eu só queria colocar o meu nome no raio da fotografia”, explica Bobbi Owens, usando o seu nome de solteira. Como quando era uma rapariga irresistível a pôr a cabeça à roda a um jovem músico de rock ‘n’ roll.
Mas, agora, e pondo uma vez mais de parte qualquer intenção económica, achou que era tempo de revelar o seu segredo. “Eu só queria colocar o meu nome no raio da fotografia”, explica Bobbi Owens, usando o seu nome de solteira. Como quando era uma rapariga irresistível a pôr a cabeça à roda a um jovem músico de rock ‘n’ roll.
na foto a baixo Barbara Gray como esta hoje
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