Elvis 1956




sábado, 8 de abril de 2017

LIVRO ELVIS E EU CAPITULO 6

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Continuação do livro Elvis e EU  Elvis And Me CAPITULO 6




Passei os dois dias seguintes trancada no quarto, incapaz de comer, incapaz de dormir. Mamãe acabou me dizendo:

— Isso não vai adiantar coisa alguma. Ficar se lastimando aqui não o trará de volta. Ele se foi. Vai começar uma vida nova e você deve fazer a mesma coisa.

Forcei-me a voltar à escola e me descobri assediada por fotógrafos e repórteres, que estavam me chamando de "a garota que ele deixou na Alemanha e queriam saber de tudo.

— Quantos anos tem, Srta. Beaulieu?

— Tenho... ahn...

— Sua ficha mostra que está no nono ano.

— Ahn... é que...

— Há quanto tempo conhece o Sr. Presley?

— Ahn... há alguns meses.

— Qual é o seu relacionamento com ele?

— Somos... apenas amigos.

— Ele já lhe telefonou depois que voltou?

— Não mas...

— Sabia que ele está saindo com Nancy Sinatra?

— Quem?

— Nancy Sinatra.

Sentindo-me subitamente atordoada, pedi licença e me afastei. Todos os dias havia telefonemas dos Estados Unidos, com ofertas de passagem de avião, ida e volta, em primeira classe, para eu aparecer em programas de televisão. Recusei todos, assim como os pedidos de revistas européias, solicitando entrevistas e fotos. Recebia cartas de soldados americanos solitários do mundo inteiro. Atraíra a atenção deles, talvez como a namorada de um soldado. Também recebia cartas de fãs de Elvis,


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algumas cordiais, outras desoladas, pensando que talvez o tivessem perdido.

Os dias se transformaram em semanas e fui me tornando cada vez mais resignada, convencida de que Elvis estava agora namorando Nancy Sinatra e me esquecera inteiramente. Mas 21 dias depois de sua partida o telefone tocou às três horas da madrugada. Pulei da cama, corri para atender e ouvi sua voz maravilhosa.

— Oi, Baby. Como está a minha garotinha?

— Oh, Elvis, estou muito bem... mas sinto muita saudade de você!

Pensei que tinha me esquecido. Todo mundo estava dizendo que isso era inevitável.

— Eu disse que telefonaria, Cilla.

— Sei disso, Elvis, mas fotógrafos e repórteres apareceram aqui, me fazendo perguntas e... Elvis, é verdade que você está namorando Nancy Sinatra?

— Calma, Baby, calma. — Ele soltou uma risada. — Não, não é verdade que eu esteja namorando Nancy Sinatra.

— Mas eles disseram que estava!

— Não acredite em tudo o que ouvir, menina. Vai encontrar muitas pessoas tentando criar problemas só para deixá-la transtornada. Ela é uma amiga, Baby... apenas uma amiga. Vou aparecer no programa de seu pai e estava tudo combinado para ela estar presente na minha entrevista coletiva, quando voltei aos Estados Unidos. Sinto muita saudade, Baby. Penso em você o tempo todo.

Depois desse primeiro telefonema, eu passava todo o meu tempo escrevendo e reescrevendo cartas para ele. Mas Elvis nunca respondia. E um dia ele tornou a telefonar, parecendo muito excitado.

— Vou para a Califórnia dentro de dois dias, Baby. Iniciarei meu primeiro filme depois do exército.

A primeira coisa que me passou pele cabeça foi a de que ele acabaria se apaixonando pela estrela do filme. Tão calma quanto podia, perguntei:

— Quem vai estrelar o filme junto com você?

Elvis desatou a rir.



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se apaixonando pela estrela do filme. Tão calma quanto podia, perguntei:

— Quem vai estrelar o filme junto com você?

Elvis desatou a rir.

— Não precisa se preocupar, Baby. Ainda não a conheci pessoalmente, mas sei que ela á muito alta. Seu nome é Juliet Prowse, é uma dançarina e está noiva de Frank Sinatra.

Aliviada, indaguei:

— Como vai se chamar o filme?

— Não é capaz de adivinhar? G. I. Blues. Acho que vai ser ótimo. Estou um pouco preocupado porque tem muitas canções, mas no final vai dar tudo certo. E é bom mesmo que dê, porque senão eles vão ouvir algumas coisinhas.

Poucas semanas depois Elvis ligou de novo. Seu entusiasmo por G. I. Blues se transformara em amargo desapontamento.

— Acabei de concluir a droga do filme. Estou detestando. Eles puseram uma dúzia de canções que não valem nada. — Ele estava furioso. — Tive uma reunião com o Coronel Parker a respeito. Quero cortar a metade das canções. Sinto-me como um idiota, desatando a cantar no meio de uma conversa com uma garota num trem.

— O que o Coronel acha?

— O que ele pode achar? O problema é que não tenho saída. Já recebi o dinheiro.

E eles parecem achar que é tudo maravilhoso. Você não pode imaginar como estou desesperado.

— Talvez o próximo filme seja melhor.

— Tem razão — disse Elvis, começando a se acalmar. — O Coronel pediu melhores roteiros. O problema é que se trata do meu primeiro filme depois que voltei e não passa de uma droga. — Houve uma pausa prolongada, a estática interferindo na ligação, até que finalmente Elvis acrescentou: — Tenho que desligar agora, Cilla. Além disso, quase não estou escutando você. Voltarei a ligar em breve. Seja boazinha e não se esqueça se que amo você.

Eu vivia num estado de suspensão animada. À espera dos esporádicos telefonemas de Elvis. Nunca havia um padrão em suas ligações. Ele telefonava inesperadamente depois de três semanas... ou de três meses. Sempre falava durante quase todo o tempo, comentando seu

último filme ou a estrela que contracenava com ele. De vez em quando Elvis falava sobre Anita, dizendo que o relacionamento entre os dois não era o que esperava, ao voltar da Alemanha. Ele não tinha mais certeza se queria continuar com ela. Eu não sabia qual era exatamente a minha situação. O tempo e a distância haviam criado dúvidas e indagações. Eu tinha vontade de lhe perguntar: "Onde é que eu entro na sua vida... se é que entro?"

Elvis ainda comentava que queria muito que eu visitasse Graceland, especialmente no Natal, quando a propriedade ficava toda enfeitada. Queria que eu conhecesse Alberta, a empregada. Ele a chamava de Alberta VO5. Ele riu e comentou:

— Vou dizer a ela: "O Cinco, tenho uma garotinha que quero que você conheça."

Isso me proporcionava alguma esperança de um futuro. Queria acreditar em Elvis quando ele dizia que ainda gostava de mim. Mas durante os períodos em que não recebia notícias dele, não podia deixar de especular se algum dia tornaria a vê-lo. Ouvi seu último disco de sucesso" (Marie's the name) His Latest Flame" e fiquei convencida de que ele se apaixonara por uma garota chamada Marie.

Naquele verão Paul Anka fez uma excursão pela Europa. Deveria se apresentar numa base Aérea em Wiesbaden. Pedi a mamãe que me levasse ao aeroporto na hora marcada para sua chegada. Ela não sabia de nada, mas ele foi cercado pelas fãs assim que apareceu e eu era tímida demais para abrir caminho pele multidão e lhe falar.

Eu colecionava todas as notícias a respeito de Elvis que encontrava. Ouvia constantemente as transmissões de rádio dos Estados Unidos e verificava cada artigo do jornal "The Stars and Stripes". Mas cada notícia a respeito de Elvis me deixava ainda mais perturbada. Além de Anita, ele parecia estar ligado romanticamente a várias starlets de Hollywood, lindas e jovens — Tuesday Weld, Juliet Prowse e Anne Helm, entre muitas outras.

Escrevi para ele: "Preciso de você e quero você por todos os meios. Pode estar certo de que não há mais ninguém... Gostaria de estar com você


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neste momento. Preciso de você e de todo o Seu amor, mas do que qualquer outra coisa no mundo".





ELVIS E EU CONTINUA.......