Elvis 1956




segunda-feira, 17 de abril de 2017

LIVRO ELVIS E EU CAPITULO 13

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Continuação do livro Elvis e EU  Elvis And Me CAPITULO 13


Depois de várias protelações, Elvis terminou "Funn in Acapulco" e voltou para Graceland. Ainda com medo de voar,ele viajou com sua comitiva no enorme ônibus fabricado sob encomenda, o mesmo que fôramos para Las Vegas no ano anterior. Em cada parada, ele telefonava para Graceland e apresentava um relatório de progresso:

— Estou em Flagstaff agora. Só mais uns poucos dias e chegarei em casa. Como vai a minha garota?

A cada telefonema, eu me tornava mais e mais excitada. Aguardava a chegada de Elvis com os braços estendidos e um sorriso enorme. E finalmente, ao final de uma tarde, ele ligou para comunicar que chegaria por volta de meia-noite. Às dez horas as fãs já estavam esperando no portão. Foi um mistério como elas descobriram.

Eu estava no pequeno grupo de amigos e parentes reunidos na sala de estar. Todos olhávamos impacientes pela janela grande que dava para o caminho circular na frente da casa. Eu acalentara a esperança de que nosso reencontro fosse íntimo, romântico. Mas podia perceber agora que tal não aconteceria e especulava se Elvis ficaria aborrecido pela presença de tantas pessoas.

À meia-noite e meia as fãs no portão começaram a gritar estridentemente e os potentes faróis do ônibus varreram o caminho. Elvis estava ao volante e parou o ônibus suavemente. Foi o primeiro a saltar e correu pela porta.

— Onde está minha Cilla? — gritou ele, olhando ao redor, à minha procura.

— Olá — murmurei.

Parecia que haviam passado meses e não semanas desde que eu o vira pela última vez.

— Olá? — repetiu ele, em tom zombeteiro, aproximando-se.

— Passei todo esse tempo longe e tudo o que você me diz é "ola"?


Ele me levantou, abraçando-me e beijando-me.

— Puxa, como é bom estar em casa!

Tornando a olhar ao redor, Elvis avistou a avó.

— Dodger, você também me esperou! Que Deus abençoe seu coração!

Ele abraçou-a, afagou sua cabeça. Depois, cumprimentou as outras pessoas. Elvis podia ser extremamente afetuoso e naquela noite em particular tinha abraços para todos.

Com sua chegada, Graceland se agitou. As criadas se puseram a cozinhar, o resto da turma entrou na casa, saudando as esposas e namoradas. Logo trouxeram a bagagem e começaram a abrir as malas. Depois de tanto tempo sozinha, eu descobria que aquela súbita intensidade e energia eram irresistíveis. Eu estava no meio do tumulto, observando Elvis subir, a gritar para Alberta:

— O cinco, o que tem para jantar?

Eu não sabia se devia segui-lo ou esperar. Não queria parecer muito excitada e por isso continuei lá embaixo, até que ele gritou:

— Cilla, dê um pulo aqui em cima!

E nesse momento não fui capaz de subir a escada com a pressa que desejava. Tivemos um instante de sossego em seu quarto. Elvis perguntou como eu estava indo, se gostava da escola, se seu pai estava me tratando bem. Comecei a lhe dizer tudo que não pudera falar ao telefone, a saudade que sentira, a solidão que me envolvera, que realmente queria trabalhar. Mas parei de falar abruptamente.

Não era isso o que Elvis estava querendo ouvir. Depois de alguns minutos de conversa sobre Vovó, Elvis me beijou e disse:

— Vamos nos juntar aos outros e comer.

Quando descemos, as salas que por semanas haviam se mantido silenciosas estavam repletas de convidados, rindo e gracejando.

Graceland — como George Klein disse — estava pronta para balançar. Tivemos uma refeição simples de costeletas de porco, pão de milho, batatas fritas e ervilhas. Enquanto estávamos sentados à mesa, os amigos locais apareceram para uma visita, a fim de ouvirem as últimas histórias sobre o novo filme de Elvis.

ELVIS E EU

 
 
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— Ela é uma tremenda mulher — comentou Elvis, a respeito da estrela. — Sem quadris, os ombros tão largos quanto os meus. Senti-me embaraçado ao tirar a camisa ao seu lado.

— Mas ela só tinha olhos para você, — disse Alan Fortas, provocando-o.

— Não tinha a menor possibilidade... não com John Derek espreitando durante todo o tempo. A última coisa que eu poderia querer era iniciar uma conversa com ela e descobrir os olhos possessivos de Derek me fitando furiosos. Ele deu um carro a ela, gravando no volante: "Meu bem, você é indispensável." Está completamente apaixonado. Nunca vi nada parecido.

Fiquei surpresa ao ouvir as palavras de Elvis sobre Ursula Andress, a sedutora deusa sexual de "Dr. No."

— Ela não é bonita? — indaguei.

— Bonita? — repetiu Elvis, soltando uma risada. — Tem uma estrutura óssea tão afiada que pode cortar a gente ao meio se se virar muito depressa.

Todos caíram na gargalhada, inclusive eu. As histórias de Elvis foram se desenrolando por horas. Mais uma vez me senti deslocada na conversa e desejei ter minhas próprias histórias pitorescas.

E não podia deixar de especular quando teríamos algum tempo a sós. Meu mundo consistia exclusivamente de Elvis. Permaneci em silêncio, observando-o, na maior felicidade. Sempre que ele me piscava ou me apertava a mão, eu retribuía o gesto, pensando: agora? Ele quer que eu me retire para poder me seguir? Mas no instante seguinte ele se recostava na cadeira e começava a contar outra história. Já estava quase amanhecendo quando Elvis finalmente bocejou e disse:

— É melhor dormirmos um pouco.

Todos nos levantamos. Ele olhou para mim, sorriu e acrescentou:

— Tenho de escrever um bilhete para a escola dizendo que você está doente hoje? Acha que eles acreditariam?

Todos riram... e eu corei.

Elvis passou o braço por minha cintura e subimos para o seu quarto. Se eu parecia calma e controlada, era porque me lembrava de uma coisa


que Elvis me dissera certa ocasião: Ele detestava as mulheres agressivas. Na verdade, porém, estava extasiada. Finalmente ficaria a sós com ele, pensei. Todos os telefonemas, a preocupação, expectativa e protelações haviam terminado.

Aprontei-me para deitar pelo menos quinze minutos antes de Elvis sair de seu banheiro. Ele contou o número habitual de pílulas para dormir e tomou-as de uma só vez.

— Por que está tomando essas pílulas agora? — indaguei. — Vai cair no sono.

Eu tinha planos e a última coisa que queria era que Elvis cochilasse.

— Não se preocupe. — Vai demorar um pouco para fazer efeito. — Elvis me entregou uma pílula. — Tome isto e terá uma boa noite de sono. Não tem problema, já que você não vai à escola esta manhã. Mas eu não aconselharia a tomar quando tiver de ir à escola. Contemplei o monstro vermelho, recordando minha experiência anterior.

— Não vai me deixar apagada por dez dias, não é mesmo? Sorri para Elvis enquanto tomava a pílula. Proporcionou-me uma sensação agradável. Deixou meu corpo todo formigando. Por causa da pílula, senti que minhas inibições se dissolviam.

— Como está a minha garotinha? — Elvis falava agora com extrema suavidade. — Tenho sentido saudade. Ela está bem?

— Ela está ótima — murmurei. — Mas tem esperado por você com a maior ansiedade. Fica muito solitária aqui. Mal podia esperar para se jogar em seus braços e não pôde parar de pensar em você por um momento sequer.

— Não diga mais nada. Sei que tem sentido saudade. Agora, quero apenas que fique junto de mim e não pense em mais nada. Vamos nos divertir ao máximo.

Eu estava consciente do zumbido distante do ar-condicionado, a música do rádio, a claridade suave da iluminação noturna. Gentilmente, ternamente, Elvis começou a me acariciar.

Ele foi ardente e dava a impressão de estar mais uma vez compensando o tempo perdido. Tive certeza de que a noite acabaria com


Elvis finalmente me fazendo amor de uma forma total. Eu estava inebriada de êxtase.

Queria Elvis com grande intensidade. Fui me tornando mais ousada, procurando-o, aberta e franca em minha necessidade.

E depois, como já acontecera antes quando chegáramos aquele ponto, ele parou e sussurrou:

— Não se deixe arrebatar, Baby. Deixe-me decidir quando deve acontecer. É uma coisa muito sagrada para mim. Sempre foi. Você sabe que eu quero ter alguma coisa por que aguardar. Mantém o desejo lá no alto. Pode entender o que estou querendo dizer, não é mesmo?

Sentei na cama, furiosa.

— E o que me diz de Anita? — gritei. — Está querendo me dizer que não fez amor com ela durante os quatro anos em que namoraram?

— Só até certo ponto. E depois eu parava. Era difícil para ela também, mas era assim que eu queria.

— Era assim que você queria! É pedir demais a outra pessoa... uma pessoa que está apaixonada e tem desejos intensos e saudáveis!

— Não me interprete de uma maneira errada. Não estou dizendo que não podemos fazer coisas um com o outro. O problema é apenas a consumação final. Quero reservar isso.

Com medo de não agradá-lo — de destruir minha imagem como sua garotinha — resignei-me à longa espera.

Em vez de consumar nosso amor, à maneira habitual, ele começou a me ensinar outros meios de agradá-lo. Nossa ligação era muito forte, em grande parte sexual. Nós dois criamos algumas coisas excitantes e extremamente satisfatórias.

Era o tempo da Polaroid e o início do videotape. Elvis era o diretor e eu a sua estrela nas fantasias. Nós nos vestíamos e nos despíamos, representávamos e nos engalfinhávamos, contávamos histórias: eu estava vestindo o uniforme da escola, bancando a estudante meiga e inocente; era uma secretária chegando em casa, de volta do trabalho, indo descansar na intimidade de seu quarto; ou era uma professora seduzindo seu aluno. Descobri que isso estimulava Elvis ao máximo.


Quase todas as noites eu fazia rápidas incursões à drugstore local para comprar grandes quantidades de filmes Polaroid.


Alguns dos empregados já me conheciam e especulei se desconfiavam do que estávamos fazendo.

Eu punha os óculos escuros para me "disfarçar", mas acabava atraindo ainda mais atenção, ao pedir docemente doze caixas de filme Polaroid, apresentando desculpas como:

— Os outros devem estar com algum defeito, porque não consegui fazer com que saíssem direito.

Ou então:

— Não vai acreditar, mas alguém roubou todos os meus filmes. Também não era fácil entrar e sair de Graceland. Eu tinha de passar pelo Sr. Stall no portão às horas mais insólitas da noite, sorrindo e acenando, voltando pouco depois com o mesmo sorriso e o mesmo aceno. Tinha certeza de que ele acalentava alguns pensamentos suspeitos a respeito de minhas saídas. Elvis riu quando lhe falei a respeito.

— Esta tudo na sua imaginação, Baby. Ele não pensa mais que um cachorro dormindo.

— E se ele começar a espalhar rumores sobre as minhas expedições noturnas?

— Pode criar algum excitamento por aqui, o que seria ótimo. Menphis é uma cidade morta. Preciso de um pouco de agitação.

Elvis e eu adorávamos criar essas fantasias sexuais, que pareciam nos unir ainda mais. Eu não tinha qualquer experiência sexual anterior para comparar com sua inventividade sexual e sempre estava disposta a fazer tudo o que ele quisesse. Um homem de sucesso, ele estava exposto a todos os prazeres disponíveis na vida. As emoções normais às vezes não eram suficientes, especialmente quando ele se encontrava sob a influência de drogas poderosas.

A princípio, eu me entregava totalmente a Elvis e suas idéias. Vivia para aqueles momentos em que estávamos a sós. Tinha o cuidado de dizer muito pouco que pudesse pôr em risco o nosso relacionamento. Satisfazia as necessidades de Elvis e suas convicções se tornaram as minhas.
 

ELVIS E EU

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Suas idéias e diversões não eram absolutamente pervertidas ou prejudiciais de qualquer modo.

 

ELVIS E EU




CONTINUA,,,,,,,

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